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Where we need to be.

We, as humans, hold on to the idea of a fixed identity. We attach to transient roles and ideas of self, framing them as reality. I wonder if there is a constant self as we are always evolving, every day, every moment. This perpetual movement makes us who we are, but also makes it difficult to fully grasp the idea of ourselves. We attempt to understand others. We attempt to understand ourselves through others and in solitude. This desire to connect, to make sense of our own being and of others, can never be fully resolved.

Our sense of purpose, of becoming, and the value we assign to certain ways of being are illusions we thrive in. We idealize, we aspire, and we often believe that some experiences are more meaningful than others. It is a fallacy we continue to live by.

Through this work, I invite us to return to the idea that maybe we are enough where we are, maybe we are never out of place. Like the high or low notes of a melody and the strong or faint strokes in a painting, the beauty of one’s existence and the intensity of one’s purpose cannot be rationalized or measured. Every stroke and every note, no matter how loud or quiet, is exactly as it needs to, for the existence of this expression of the universe. Can we exist in harmony with our always changing, always moving, always dynamic selves with a knowing that in every moment, we are exactly where we need to be.

Neeta Khanuja is an Indian-born multidisciplinary artist and researcher, constantly relocating  between continents. She began her artistic journey at the National Institute of Design in Ahmedabad /India, later studying Media Architecture at Bauhaus-Universität in Weimar/Germany and Architecture at the University at Buffalo/New York. Her diverse training spans human-computer interaction, movement arts, and dance therapy, shaping a practice that merges visual art with psychology and spatial design. Khanuja has exhibited internationally, including solo shows in New Delhi, Pittsburgh, Barcelona, and Lisbon. She is currently pursuing a dual Ph.D. at Carnegie Mellon University (Pittsburgh/US) and Instituto Superior Técnico (Lisbon/Portugal), focusing on AI technology and ageing.

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PT

Onde Precisamos Estar

Nós, enquanto humanos, agarramo-nos à ideia de uma identidade fixa. Apegamo-nos a papéis transitórios e ideias de “eu”, moldando-os como se fossem realidade. Pergunto-me se existe realmente um “eu” constante, visto que estamos sempre em evolução — todos os dias, a cada momento. Este movimento perpétuo é o que nos forma, mas também torna difícil compreender plenamente quem somos. Tentamos entender os outros. Tentamos entender-nos através dos outros e na solidão. Esse desejo de conexão, de dar sentido à nossa existência e à dos outros, nunca poderá ser completamente resolvido.

O nosso sentido de propósito, de tornar-nos algo, e o valor que atribuímos a certas formas de ser são ilusões nas quais prosperamos. Idealizamos, aspiramos, e frequentemente acreditamos que certas experiências são mais significativas do que outras. É uma falácia na qual continuamos a viver.

Através deste trabalho, convido-nos a regressar à ideia de que talvez já sejamos suficientes onde estamos, talvez nunca estejamos fora do lugar. Tal como as notas altas ou baixas de uma melodia e os traços fortes ou suaves de uma pintura, a beleza da existência e a intensidade do propósito não podem ser racionalizadas nem medidas. Cada traço e cada nota, por mais alto ou silencioso que seja, é exatamente como precisa de ser, para que esta expressão do universo exista.

Conseguiremos existir em harmonia com este “eu” sempre em mudança, sempre em movimento, sempre dinâmico, sabendo que, em cada momento, estamos exatamente onde precisamos de estar?

Neeta Khanuja é uma artista e investigadora multidisciplinar nascida na Índia, que se desloca constantemente entre continentes. Iniciou o seu percurso artístico no National Institute of Design em Ahmedabad (Índia), tendo posteriormente estudado Media Architecture na Bauhaus-Universität em Weimar (Alemanha) e Arquitetura na University at Buffalo (Nova Iorque, EUA). A sua formação diversa abrange interação humano-computador, artes do movimento e terapia através da dança, moldando uma prática que funde arte visual, psicologia e design espacial. Khanuja expôs internacionalmente, com exposições individuais em Nova Deli, Pittsburgh, Barcelona e Lisboa. Atualmente, está a realizar um doutoramento duplo na Carnegie Mellon University (Pittsburgh, EUA) e no Instituto Superior Técnico (Lisboa, Portugal), focando-se em tecnologia de inteligência artificial e envelhecimento.